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terça-feira, 29 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Um Torrão com História

O Torrão pode ser uma terra pequena e um pouco isolada na vastidão do Alentejo, mas se procurarmos bem, podemos ficar surpreendidos com a quantidade de acontecimentos históricos que por cá aconteceram e de personalidades importantes que por cá passaram.
Não acreditas? Prepara-te para uma lição de História Torranense!

Ponte Romana
À entrada da vila, passamos pelo rio Xarrama através de uma ponte romana. É certo que já teve obras de requalificação, mas a construção de base é mesmo romana, o que significa que os Romanos por cá andaram… há até quem diga que vão voltar, imaginem lá!

Queda da Monarquia
Foi cá que estiveram em reunião, no Chalé de D. António de Erédia, na Rua de Beja, os conspiradores que engendraram o plano para assassinar o rei D. Carlos e derrubar a monarquia. Entre eles estava Manuel Buiça, o homem que disparou e assassinou o rei, em 1908. Este regicídio foi uma das causas da queda da monarquia e da implantação da república.
De salientar também que antes de se dirigir a Lisboa e concretizar os seus planos, Buiça permaneceu no Torrão disfarçado de mendigo para não levantar suspeitas!

Rei D. Afonso V
D. Afonso V passou por aqui, quando estava em lua-de-mel… Terá dado algum passeio com a sua rainha ao longo das margens do Xarrama?

Antes dos Romanos
Há vestígios de presença humana cá no Torrão: minas de ferro com cerca de mil anos e um jazigo de ferro.
Também existe o famoso Monte da Tumba, povoado com quase cinco mil anos de existência.

Ermida do Bom Sucesso
As ermidas alentejanas são bastante famosas. E claro que não poderia faltar uma no Torrão. A Ermida do Bom Sucesso está relacionada com os Descobrimentos portugueses, em especial com a chegada de Vasco da gama à Índia. Assim, D. Manuel I mandou construir esta ermida para comemorar aquele sucesso.

Escritores torranenses
No Torrão, nasceram dois grandes vultos da literatura portuguesa: Bernardim Ribeiro, o poeta das saudades (século XV) e Maria Rosa Colaço (século XX).
Miguel Torga, apesar de não ter nascido cá e de ser um homem da montanha, quando passou pelo Torrão ficou tão encantado que lhe dedicou algumas palavras elogiosas. O povo torranense retribui, dando o nome do escritor a um bairro da vila.

Aconteceu mesmo?
Parece que há uma explicação para o facto de haver tantas curvas e contracurvas à entrada do Torrão. Dizem que a estrada foi construída por portugueses orientados por construtores ingleses. Sempre que os portugueses perguntavam se a estrada estava a ficar bem, os ingleses respondiam: Yes, yes! Ora, como os portugueses só percebiam a parte dos SSS, pensaram que seria assim que teriam de construir a rua!

MONARQUIA OU REPÚBLICA?




No dia 05 de Outubro de 1910, após vários séculos de um regime monárquico, os portugueses decidiram que a república era a forma mais adequada de governo.
Passados cem anos, será que ainda preferimos um presidente a um rei?



“Prefiro a república, pois podemos votar e dar as nossas opiniões.”
Sara Ferreira, 6.º A



“… prefiro a república (…), pois com o rei as pessoas não podiam escolher já que era sempre o filho mais velho que ia para o trono.”
Gonçalo Alves, 6.º A




“Na república, existe um chefe de estado que é o presidente e é eleito pelos cidadãos do país, estando assim um período de tempo limitado a governar.”
Joana Pederneira, 6.º A



“Na república, (…) se os cidadãos não gostarem do eleito, pode haver novas eleições.”
José Gabriel, 6.º A



“Eu gostava de viver numa monarquia, porque, se fosse filho do rei, herdava todas as terras e tornava-me rei.”
João Nunes, 6.º B



“Preferia viver numa monarquia, porque o país está em crise.”
Lino Almeida, 6.º B



“Eu prefiro viver numa república, porque, quando for mais velha, posso escolher quem vai escolher Portugal.”
Margarida Ribeiro, 6.º B

TRABALHO INFANTIL



Com a Revolução Industrial, apareceram várias fábricas que, para além de homens e mulheres, também empregavam crianças que trabalhavam muitas horas em condições duras e eram miseravelmente pagas. Assim, não tinham a oportunidade nem de estudar nem de viverem a sua infância.
O que pensam os nossos alunos sobre este assunto?


“… as crianças não deviam trabalhar. (…) Vi uma reportagem na televisão, em que havia crianças a trabalhar numa fábrica de calçado. (…) A polícia devia fechar essa fábrica…
Eu prefiro trabalhar no meu café do que estudar, mas prefiro estudar do que trabalhar nas obras…”
Alexandre Fagulha, 6.º B



“… eu tenho sorte por os meus pais poderem pagar os meus estudos (…) Em certos países (…) há algumas crianças que são obrigadas a trabalhar para sobreviver, mas deviam ter uma vida normal.”
André, 6.º B




“O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. (…) há crianças que (…) trabalham mais do que 10h por dia e não são bem tratadas…”
Gladyston Oliveira, 6.º B



“Eu prefiro estudar, assim, terei mais conhecimentos.”
Helena Manteiga, 6.º B



“É comum nas grandes cidades brasileiras a presença de menores em cruzamentos de vias de grande tráfego a vender coisas de baixo valor para ajudar as suas famílias normalmente pobres e com muitos filhos.”
Isa Patronilho, 6.º B


“… em alguns países que estão em guerra, há crianças que são soldados (…) as crianças que não vão à escola não sabem ler nem escrever e não têm cultura.”
Margarida Ribeiro, 6.º B



“… as crianças devem estudar para mais tarde serem alguém na vida e trabalhar.”
Neuza Broa, 6.º B


“… para os patrões era mais vantajoso contratá-las [crianças], porque costumavam ser mais humildes, recebiam salários mais baixos e podiam movimentar-se por espaços mais estreitos.”
Lino Almeida, 6.º B



“… as pessoas que o fazem [recorrem ao trabalho infantil] não têm a noção do sofrimento que causam às crianças (…) não percebem que as crianças têm de estudar para (…) serem felizes.”
José Gabriel, 6.º A




“As crianças (…), no século XXI, só devem estudar.”
Vasco Besugo, 6.º A

PENA DE MORTE



Uma das reformas dos governos liberais foi a abolição da pena de morte. Tendo em conta que este tipo de sentença ainda existe em alguns países do mundo (por exemplo, Estados Unidos da América e China), aqui ficam as opiniões dos nossos alunos.


“A pena de morte tem sido usada por quase todas as sociedades tanto para punir crimes como para suprimir oposições políticas. (…) Nenhum estado-membro da EU aplica a pena de morte. A Convenção Europeia dos Direitos Humanos recomenda a sua proibição. (…) Eu não concordo [com a pena de morte]…”
Soraia Capela, 6.º A



“Concordo com a pena de morte para crimes de alto calibre como é o caso da tortura até à morte. (…) Agora, para crimes comuns, como roubar, é inaceitável…”
José Gabriel, 6.º A



“Toda a gente merece uma segunda oportunidade.”
Helena Broa, 6.º A



“Antigamente, em Portugal, havia pena de morte para os crimes políticos e civis, mas o governo português aboliu a pena de morte em 1867.”
Margarida Ribeiro, 6.º B



“A pena de morte ainda existe e eu concordo se for merecida…”
Neuza Broa, 6.º B


LUTAS LIBERAIS




Na primeira metade do século XIX, um grupo de portugueses arriscou a sua vida para que Portugal tivesse um sistema de governo mais justo. D. Pedro e d. Miguel, irmãos, lutaram um contra o outro pela defesa dos ideais que consideravam ser os mais adequados para o país.
Por que ideais estariam os nossos alunos dispostos a lutar?


“Família.
Não é preciso haver guerras, porque com guerras as pessoas morrem, sofrem desgraças e os seus familiares ficam tristes.”
João Brito, 6.º B



“As disputas não se resolvem com guerras, mas por consenso…”
Lino Almeida, 6.º B



“Pelo povo e pela minha família.”
José Ricardo, 6.º B


“Eu lutaria pela minha família e pelos meus sonhos.”
Soraia Faustino, 6.º B

ESCRAVATURA




A prática da escravatura tem sido recorrente desde que existem conflitos entre os seres humanos. Após as Descobertas levadas a cabo por portugueses e espanhóis, muitas pessoas foram obrigadas a trabalhar nas novas colónias, nomeadamente, no Brasil.
Dado que, ainda hoje, há relatos de escravatura, vejamos o que os nossos alunos pensam.


“Os escravos eram pessoas tais como as outras, não deviam ser usados como dinheiro, muito menos traficados…”
José Gabriel, 6.º A



O Luís Laranjeira, também do 6.º A, cita um provérbio: “Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti.”


“Antigamente, havia muita escravatura e as pessoas eram maltratadas e sofriam muito. Eu acho que a escravatura não devia existir, porque as pessoas eram obrigadas a trabalhar e não tinham direitos.”
Margarida Ribeiro, 6.º B


“Os escravos era utilizados principalmente na agricultura, na actividade mineira e nas plantações de açúcar. (…) Alguns deles desempenhavam também vários tipos de serviços domésticos…”
Helena Manteiga, 6.º B